A Comissão Executiva Nacional do PSB aprovou, nesta quinta-feira (11), por unanimidade, resolução que estabelece diretrizes para as eleições municipais deste ano.
Segundo a resolução, serão submetidas à aprovação prévia da direção nacional as deliberações sobre coligações e escolha de candidatos a serem aprovadas pelos congressos municipais do PSB. A regra vale para capitais e cidades com possibilidade de segundo turno.
De acordo com a resolução, a direção nacional poderá aprovar, alterar ou anular as coligações ou candidaturas, caso contrariem as orientações político-eleitorais do partido.
As coligações deverão ser realizadas preferencialmente com os partidos de esquerda e centro-esquerda, mas poderão ser ampliadas para partidos de outros espectros políticos que não tenham viés autoritário, desde que aprovadas pela comissão executiva hierarquicamente superior.
A resolução também prevê que as deliberações estaduais serão submetidas à aprovação da respectiva Comissão Executiva Estadual. A íntegra do texto estará disponível em breve.
Projeção para 2026
Durante a reunião, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, propôs que a Comissão Eleitoral aprove, nas capitais, candidaturas competitivas ou candidaturas de lideranças consolidadas e de novas lideranças com capacidade de projetar o crescimento do PSB nas eleições de 2026.
Siqueira ressaltou a importância de os prefeitos estabelecerem uma relação estreita com os deputados federais e estaduais de seus respectivos Estados, tanto com os que já possuem mandato, quanto com os futuros candidatos à Câmara Federal e às Assembleias Legislativas.
Segundo Siqueira, essa relação é fundamental para contribuir com a consolidação e o crescimento partidário em todo o país, de modo que o PSB possa continuar desempenhando um papel crucial na cena política nacional.
“É muito importante que seja feito um trabalho para que os prefeitos se vinculem a essa necessidade de o partido responder à eleição de deputado federal e estadual também, e a todos os candidatos dos partidos, para que eles possam representar não um número a mais, mas responder a uma boa administração para sua população, e também responder a um projeto eleitoral do PSB. Então se faz necessário para que nosso partido possa continuar em cena”, declarou.
Defesa da democracia
Para o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, as eleições municipais desempenham um papel crucial na consolidação e expansão do PSB em todo o país. Ele ressaltou que “uma árvore cresce pelas raízes”, indicando a relevância das estruturas políticas locais para o fortalecimento do partido.
Vice-presidente do PSB, Alckmin endossou a recomendação da resolução que veta alianças com partidos de perfil autoritário, e destacou a importância da defesa da democracia como critério fundamental na escolha de alianças políticas.
“O Mário Covas dizia que você pode ser um pouco mais à esquerda, um pouco mais ao centro, um pouco mais à direita, um pouco mais desenvolvimentista, um pouco mais liberal, um pouco mais progressista, mas o que realmente separa é quem tem apreço pela democracia e quem não tem apreço pela democracia. Esse deve ser o grande perfil”, enfatizou.
Repositório de boas práticas de gestões do PSB
O prefeito do Recife e segundo vice-presidente da Executiva Nacional do PSB, João Campos, sugeriu a criação de uma plataforma que seja um repositório nacional de políticas públicas e boas práticas das gestões socialistas e que isto se torne uma marca do partido.
“Nós podemos ser o primeiro partido do Brasil a ter isso. O PSB deve fazer isso porque nós temos que nos diferenciar, no nosso campo inclusive, como partido que tem práticas de gestões de excelência. Então, além de defender um campo social e democrático muito forte, o grande diferencial do PSB é que a gente sabe fazer gestão e entrega resultados pra quem precisa”, destacou.
Segundo Campos, esse repositório poderá ser feito por meio de startups que pontuam e listam as boas práticas das cidades e governos, com a descrição de cada programa, minutas de projetos de lei que podem ser enviados para as Câmaras de Vereadores, organograma de gerenciamento, projeções de orçamentos e de composições técnicas.
Fonte: Assessoria de Comunicação/PSB nacional