Diretrizes do plano de governo da chapa Lula-Alckmin apontam compromissos para a reconstrução do país

23/06/2022 (Atualizado em 23/06/2022 | 13:06)

Foto: Divulgação
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O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o pré-candidato a vice-presidência da república, Geraldo Alckmin (PSB-SP), participaram na manhã desta terça-feira (21) da apresentação da versão final das diretrizes para o programa de governo da chapa composta pelo ex-governador e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O documento, chamado “Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil 2023-2026”, foi lançado em São Paulo, junto com uma plataforma virtual que permitirá à população o envio de sugestões e a realização de debates sobre as propostas e amplia o esboço que foi enviado aos partidos da coligação no dia 6 de junho.

Além de PT e PSB, o evento contou com representantes de todos os outros partidos que compõem a coligação (PCdoB, PV, Rede, PSOL e Solidariedade).

Para Siqueira, a união de diversos partidos progressistas e a construção de um programa conjunto é essencial para enfrentar “a eleição mais importante da vida das gerações aqui presentes”.

“Essa unidade, esse cimento, fez com que produzíssemos um programa com diretrizes que dão esperanças, energia, a todos que estão engajados nessa luta. A saída é vencer, não há outra”, discursou.

O presidente nacional do PSB afirmou também estar inteiramente de acordo com todas as diretrizes apresentadas, mas ressaltou especial predileção pelas propostas relacionadas a ciência, tecnologia, inovação e também a economia criativa.

“Gostaria de expressar minha mais completa satisfação por essa unidade que conseguimos construir, as forças progressistas que estão aqui reunidas, haverão de ir mais além e conquistar outros setores da sociedade, sejam eles culturais, sociais ou partidários. Unir todos que não suportam mais esse governo”, finalizou. Ele destacou a participação, na elaboração das diretrizes para o programa de governo, dos socialistas Alexandre Navarro, vice-presidente da Fundação João Mangabeira, e Domingos Leonelli, integrante da Executiva Nacional, presentes no evento.

Em sua fala, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que um programa de governo democrático não se faz em cima de lancha e jetski, como faz o presidente Jair Bolsonaro em seus passeios pelo país, mas sim ouvindo a população e dialogando.

“Acompanhei o presidente Lula em vários Estados nas últimas semanas, ouvimos setores importantes e representantes da agricultura familiar, cooperativismo, artesanato, educação, cultura, arte e educação, é isso que agrega valor a uma campanha”, afirmou Alckmin.

Alckmin relembrou que Bolsonaro é o único presidente na história do país que vai deixar como legado um salário mínimo menor em termos reais quando deixar a presidência. “Com o presidente Lula, o salário mínimo se valorizou 74%”, discursou.

Ao citar o programa, Alckmin citou que ele foi planejado da maneira mais democrática possível e citou as palavras que percebeu que se repetem ao longo do documento: "reconstrução, esperança e compromisso". Para ele, o maior valor que une os que participaram da construção do documento é a democracia, que necessita de instituições sólidas. “As pessoas passam e as instituições ficam”, disse.

O documento apresenta “compromissos” para a reconstrução do país, “devastado por um processo de destruição” que resulta em “fome, desemprego, inflação, endividamento e desalento das famílias; que coloca em xeque a democracia e a soberania nacional, que destrói o investimento público e das empresas, e que dilapida o patrimônio natural, aprofundando as desigualdades e condenando o país ao atraso e ao isolamento internacional”.

O primeiro e “mais urgente compromisso” é com a restauração das condições de vida da maioria da população brasileira, “os que sofrem com a crise, a fome, o alto custo de vida, os que perderam o emprego, o lar e a vida em família”. A reconstrução do país exige também a defesa da democracia, da soberania e da paz; políticas que garantam o desenvolvimento econômico sustentável, com estabilidade; um conjunto de medidas voltadas para a justiça social e a inclusão a um sistema de direitos – muitos extintos nos últimos anos -; a defesa de direitos humanos fundamentais, da cultura e do reconhecimento da diversidade; e o compromisso com a sustentabilidade social, ambiental, econômica e com o enfrentamento das mudanças climáticas.

“O Brasil da esperança exige compromisso com o povo brasileiro, que é a nossa maior riqueza, em torno de um Estado de bem-estar social”, ressalta o documento.

Fonte: PSB nacional