Covid-19: OMS aprova uso emergencial da CoronaVac

02/06/2021 (Atualizado em 02/06/2021 | 09:57)

 Foto: Hélia Scheppa/SEI
Foto: Hélia Scheppa/SEI

Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou, nesta terça-feira (1º), o uso emergencial da CoronaVac. Desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, é a sexta a receber a aprovação da entidade contra a Covid-19. No Brasil, é uma das três em uso, junto com os imunizantes de Oxford e a da Pfizer.

Com base nas evidências disponíveis, a OMS recomendou a vacina para uso em adultos de 18 anos ou mais, em um esquema de duas doses com um espaçamento de 2 a 4 semanas. De acordo com a OMS, o imunizante atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação.

Disse ainda que os requisitos de armazenamento fáceis a tornam “muito gerenciável e particularmente adequada para os cenários de poucos recursos”. A CoronaVac pode ser armazenada em temperatura normal de refrigeração (2ºC a 8ºC), que é a usada na cadeia de frio do Brasil.

“Hoje, eu fico feliz em anunciar que a vacina da Sinovac recebeu a autorização para uso emergencial da OMS após a constatação de que ela é segura, eficaz e de qualidade garantida após duas doses”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus.

Eficácia

Foram considerados dados de eficácia da vacina que mostraram que ela preveniu casos sintomáticos de Covid em 51% dos vacinados e casos graves da doença em 100% da população estudada. As taxas correspondem às divulgadas pelo Instituto Butantan em janeiro.

Dados posteriores, entretanto, apontaram que a vacina tinha uma efetividade menor. A efetividade refere-se à capacidade da vacina, no “mundo real”, de diminuir os casos de uma doença. Já a eficácia refere-se aos dados dentro de ensaios clínicos. O que foi contestado pelo Butantan.

A OMS considerou que poucos participantes com mais de 60 anos haviam sido incluídos nos ensaios clínicos, e, por isso, a eficácia não pôde ser estimada para este grupo. Porém, não recomendou um limite máximo de idade para a vacina, porque dados depois dos testes, em vários países sugerem que a vacina provavelmente tem um efeito protetor em pessoas idosas.

Por isso, a OMS afirmou que “não há razão para acreditar que a vacina tenha um perfil de segurança diferente em populações mais velhas e mais jovens”. E reforçou que os países devem usar a vacina “em grupos de idade avançada” e realizar monitoramento para verificar “o impacto esperado e contribuir para tornar a recomendação mais robusta para todos os países”.

Exemplo de Serrana (SP)

Instituto Butantan vacinou 95,7% da população de Serrana (SP) com a CoronaVac. O estudo mostrou que o número de casos sintomáticos de Covid teve uma redução de 80%, enquanto as hospitalizações caíram cerca de 86%.

Em abril, Serrana já observava uma queda expressiva na incidência da Covid-19. Após registrar 699 casos em março, o número caiu para 251. As mortes passaram de 20 para 6 no mesmo período.

Para os cientistas, o controle da pandemia se deu depois que 75% da população recebeu a segunda dose.

CoronaVac é a sexta vacina aprovada

A CoronaVac é a sexta vacina a receber aprovação de uso emergencial pela OMS. As outras foram a da Pfizer, a de Oxford/AstraZeneca (inclusive as versões produzidas na União Europeia e pelo Instituto Serum, na Índia), a da Johnson, a da Moderna e a da Sinopharm.

Fonte: Socialismo Criativo - Com informações do G1