Bancada do PSB pede ao Governo a retirada do projeto de Reforma Tributária

18/09/2020 (Atualizado em 18/09/2020 | 15:44)

A bancada do PSB na Assembleia Legislativa anunciou nesta quinta-feira (17) que vai sugerir ao Governo Estadual a retirada da proposta de reforma tributária em tramitação na Casa. Os deputados socialistas se reuniram e reafirmaram que são favoráveis a reformas, mas avaliaram que uma desta magnitude precisa de mais diálogo e debate com os diversos setores da sociedade. 


Conforme o líder da bancada, deputado Dalciso Oliveira, a decisão tomada reflete as dúvidas que ainda pairam sobre as medidas. "Da forma como foi apresentado inicialmente, em que pese as alterações propostas nesta semana, e que reconhecemos, houve avanços. Mas ainda não atendem às expectativas dos gaúchos e gaúchas", destacou. Dalciso defende que é necessário um novo modelo tributário para o Rio Grande do Sul, mas que leve em conta também as despesas públicas, e não apenas as receitas. De outra parte, o deputado avalia que o momento é ruim. "Vivemos um ano atípico, uma crise econômica jamais vista, com os efeitos devastadores da pandemia, e ainda há muitas incertezas sobre o futuro pós pandêmico", argumentou.

A deputada Franciane Bayer também defendeu mais diálogo. "Sabemos das dificuldades financeiras que o Estado há anos enfrenta, mas precisamos ter cautela neste momento e debater mais o assunto, ouvindo a sociedade. A pandemia além de trazer insegurança e agravar a instabilidade financeira, dificultou o debate. Com a retirada das propostas teremos mais tempo para alinhar os projetos de forma que atendam, o máximo possível, as necessidades do Rio Grande e dos gaúchos".

Já o deputado Elton Weber afirmou seu posicionamento contrário à reforma apresentada pelo governo que, para ele, na prática, significa aumento generalizado de impostos. "O pacote retira a competitividade do setor primário e prejudica toda sociedade, especialmente com a taxação de alimentos e medicamentos básicos e elevação da alíquota de IPVA. Penso que primeiro é preciso discutir a distribuição de recursos do Orçamento entre os três Poderes (Duodécimo), cobrar devedores, promover mudanças na esfera administrativa e aí discutir um outro projeto de reforma tributária."

 

Fonte: Comunicação/Deputada Franciane Bayer