Até quando é preciso lutar pelos direitos das mulheres?

02/06/2022 (Atualizado em 02/06/2022 | 14:29)

Mesmo com a velocidade da informação e a conquista de tantos direitos para as “minorias”, falar sobre o direito das mulheres ainda se faz necessário. Em tempos onde continuamos vendo o machismo enraizado na sociedade, é preciso muita resiliência para que a equidade seja uma realidade. A violência de gênero ainda é um problema frequente no dia a dia das mulheres, salvo exceções. Seja no mercado de trabalho, no meio acadêmico, seja numa roda entre amigos, elas são - constantemente - caladas pela força masculina.


Precisamos nos questionar. Como é possível que as mulheres, em pleno século 21, ainda recebam menos do que homens que assumem o mesmo cargo ou função? É triste, mas ainda há muito para avançar. Na política, por exemplo, elas são minoria e necessitam de reserva de vagas para garantir o seu espaço de direito. Vivemos em uma sociedade onde as leis são, em sua maioria, criadas e aprovadas por homens. Inclusive, as que são pensadas em benefício das mulheres. Isso é justo? Quem melhor do que elas para entenderem o que é ou não prioridade na vida de uma mulher?.


Para que a sociedade mude, e haja mais mulheres conquistando espaços de poder, é urgente que elas entrem na vida política. Por isso, é necessário incentivo da população e dos partidos políticos. Durante o encerramento do XV Congresso Constituinte da Autorreforma do PSB, realizado no final de abril, em Brasília, as socialistas interromperam a plenária para reivindicar 30% das cadeiras na Executiva Nacional do partido. O ato, considerado um marco na história na sigla, ocorreu 23 anos após a criação da Secretaria Nacional de Mulheres. 


A mudança que queremos na sociedade precisa começar dentro da política. Por isso, é tão importante começar a “reforma” nos programas partidários. Essa é a primeira vez que a representação das mulheres na Executiva Nacional chega aos 30%. 


De modo geral, a busca é pela igualdade na política, principalmente, porque o orçamento para políticas voltadas a mulheres diminuiu consideravelmente nos últimos quatro anos.


Fonte: Stéphany Franco/Ascom PSB RS