IPCA-15 sobe 1,20% em outubro, maior variação para o mês desde 1995

26/10/2021 (Atualizado em 26/10/2021 | 11:05)

Foto: Reprodução
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a 1,20% em outubro, 0,06 ponto percentual acima da taxa de setembro (1,14%). Foi a maior variação registrada em um mês de outubro desde 1995 (1,34%) e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, de 10,34%, acima dos 10,205% registrados nos 12 meses anteriores.

Os setores responsáveis pela alta são transportes (0,43%), habitação (1,87%) e alimentação (1,38%).

O maior impacto no grupo dos Transportes (2,06%) veio das passagens aéreas, que subiram 34,35% e contribuíram com 0,16 p.p. para o resultado do mês. Houve alta em todas as regiões, sendo a menor delas em Goiânia (11,56%) e a maior em Recife (47,52%). O resultado do grupo foi influenciado também pela alta nos preços dos combustíveis (2,03%). A gasolina subiu 1,85% e acumula 40,44% nos últimos 12 meses. Os demais combustíveis também subiram: etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).

Ainda em Transportes, os automóveis novos (1,64%), usados (1,56%) e as motocicletas (1,27%) seguem em alta. No caso dos automóveis usados, trata-se da 13ª alta consecutiva, acumulando 13,21% de variação nos últimos 12 meses. Os preços de outros subitens como pneu (1,71%) e óleo lubrificante (1,36%) acumularam, em 12 meses, altas de 31,03% e 19,19%, respectivamente. Ônibus intermunicipal variou 0,16%, devido aos reajustes entre 11% e 13% no preço das passagens em Fortaleza (8,25%), aplicados desde 3 de setembro.

No caso do setor de alimentação, a maior variação ficou com o grupo de frutas, cujos preços subiram 6,41%. Também houve alta no preço do tomate (23,15%), batata=inglesa (8,57%), frango em pedaços (5,11%), café moído (4,34%), frango inteiro (4,20%) e queijo (3,94%).

No grupo Habitação (1,87%), o destaque ainda é a energia elétrica (3,91%), maior impacto individual no índice do mês (0,19 p.p.). Em outubro, permanece em vigor a bandeira tarifária Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Durante o período base do IPCA-15, vigorou tanto a bandeira Escassez Hídrica, na primeira quinzena de setembro, quanto a bandeira vermelha patamar 2, na segunda quinzena de agosto. Outra contribuição importante dentro do grupo veio do gás de botijão (3,80%), cujos preços subiram pelo 17º mês consecutivo e acumulam, em 2021, alta de 31,65%.

Contrariando análises de que as passagens aéreas ficariam mais baratas após o recrudescimento da pandemia, foi justamente este setor que deu o maior impacto à variação de transportes com alta de 34,35%.

Por sua vez, a energia foi a responsável pela variação no setor de habitação: alta de 1,87%.

A tabela completa pode ser conferida aqui.

Fonte: Marcelo Hailer para o Socialismo Criativo - Com informações do IBGE