Nesta segunda-feira (25) comemora-se o Dia da Democracia no Brasil. O 25 de outubro foi escolhido para celebrar a democracia devido a um triste episódio na história do país: a morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida nesta data, em 1975. Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI durante o regime militar e sua morte virou um marco na luta pela redemocratização do Brasil.
O país vive uma democracia recente que teve início com o fim da Ditadura Militar, em março de 1985. A atuação do PSB em defesa dos princípios democráticos começa muito antes disso, com o surgimento da Esquerda Democrática, em 1945, data que também marca o fim do Estado Novo.
O movimento organizado em defesa das transformações sociais e das liberdades civil e política foi fundado por um grupo de 63 pessoas intelectuais, políticos, líderes sociais, entre elas, João Mangabeira. A partir dessa formação, criou-se o PSB, em 1947.
De lá para cá, o partido atuou em inúmeras frentes, sempre lutando pela conquista da democracia e, atualmente, por sua manutenção. O primeiro prefeito eleito pelo PSB em 1955, o engenheiro Pelópidas Silveira, em Recife, se destacou pela participação popular em sua gestão, marcada pela realização de inúmeras audiências públicas.
Em 1961, com a renúncia de Jânio Quadros, o PSB se manteve ao lado da Constituição, defendeu a posse de seu vice João Goulart e participou ativamente da Campanha da Legalidade, mobilização liderada por Leonel Brizola para exigir a posse de Jango. Nos anos seguintes os socialistas ampliaram sua participação nas lutas sociais e no parlamento, participando ativamente de reformas estruturais.
O PSB foi extinto em 1965, ano seguinte à deflagração do golpe contra o governo legalmente constituído, após o Ato Institucional Nº 2. Os socialistas se dividiram entre a oposição armada, como Altino Dantas, na ALN, e a resistência no MDB, como Aurélio Viana. Nesta frente política, resistiram ao período mais repressivo do regime.
Com o agravamento da crise em 1978, os socialistas se articularam com outros partidos e movimentos sociais para defender a anistia dos acusados de crimes políticos pelo regime militar, muitos deles exilados por mais de uma década, como Miguel Arraes de Alencar e outras lideranças importantes da oposição. Nos anos seguintes, os socialistas atuaram na mobilização por eleições diretas para presidente.
Após a refundação do partido, a Assembleia Nacional Constituinte conta com atuação importante do PSB, que unifica as forças de esquerda e apresenta propostas para ampliar direitos individuais e sociais. Em 1992, o partido atua ativamente no processo de impeachment do presidente Fernando Collor e solicita abertura de uma CPI que revela desvios de recursos públicos.
Desde então, o PSB elegeu governadores para diferentes Estados, apresentou candidatos à presidência e apoiou governos, além de eleger centenas de vereadores, deputados e senadores que têm como princípio em seus governos o compromisso com a soberania, solidariedade, desenvolvimento, sustentabilidade e democracia ampliada.
Neste 2021, quando os pilares da democracia voltam a ser fortemente atacados pelo presidente da república e seu projeto autoritário e antipopular, o PSB mais uma vez se coloca ao lado do povo brasileiro, do respeito às liberdades e aos avanços conquistados nas últimas décadas. E defende, como afirma o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a formação de uma frente o mais ampla possível, de democratas, para derrotar o bolsonarismo e barrar o avanço anticivilizatório de seu projeto.
“É imperiosa a união dos mais diversos setores da sociedade civil para dar um basta ao projeto de poder bolsonarista e evitar uma eventual reeleição (de Bolsonaro), o que poderia mergulhar o Brasil no autoritarismo”, afirma.
Para Siqueira, o país está “a caminho, em marcha batida, do autoritarismo”, mas sustenta que a disputa “não é esquerda versus direita”, e sim “autoritarismo versus democracia”. “Esse é o problema do país hoje e superá-lo será o grande desafio de todas as forças democráticas”, afirma.
Fonte: PSB nacional