Comitiva gaúcha reforça: reajuste do preço mínimo da uva precisa cobrir pelo menos alta de custos

22/10/2021 (Atualizado em 22/10/2021 | 12:44)

Foto: Divulgação
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Em audiências nesta quinta-feira (21) com o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Cesar Halum e com o secretário de Política Agrícola Guilherme Bastos Filho, no Ministério da Agricultura (Mapa), em Brasília, comitiva gaúcha reforçou a necessidade de que o reajuste do preço mínimo da uva para a safra 2021/2022 cubra pelo menos a elevação de 23% dos custos de produção, defasagem que já pode ser superior uma vez que o cálculo foi realizado pelo Dieese em julho. De acordo com o estudo, o custo variável é de R$ 1,34 o quilo.

Esta é a segunda rodada da negociação, iniciada durante a Expointer com a ministra Teresa Cristina. Participaram das audiências marcadas pelo presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, deputado Heitor Schuch, o coordenador da Frente Parlamentar da Vitivinicultura da Assembleia Legislativa, deputado Elton Weber (PSB), pelo presidente da Comissão Interestadual da Uva, Cedenir Postal, o vice-presidente da Fetag/RS, Eugênio Zanetti, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, OIir Schiavenin.

Pela lei, o preço mínimo tem de ser estabelecido até o final de novembro, num processo que envolve Mapa, Conab, Ministério da Economia e Conselho Monetário Nacional. Weber fará novo contato com o governo federal em dez dias, antes do Ministério da Economia bater o martelo sobre o valor. “O preço mínimo deve remunerar de forma justa o agricultor, cobrindo custo e gerando lucro. Percebemos que houve receptividade do governo, seguiremos acompanhando a evolução da análise”.

O grupo solicitou ainda uma linha específica de crédito para a compra da safra, com prazo de 12 meses para capital de giro, até a venda do produto final e a inclusão da uva na cesta básica.

Fonte: Patrícia Meira Cardoso - AL/RS