Bolsonaro disputa com Maduro ‘último lugar’ na gestão da pandemia

28/07/2021 (Atualizado em 28/07/2021 | 13:41)

Foto: Carolina Antunes/Presidência da República
Foto: Carolina Antunes/Presidência da República

A gestão da pandemia feita pelo governo brasileiro tem uma avaliação ruim, na visão de 380 formadores de opinião de 14 países da América Latina ouvidos pelo Instituto de Pesquisas Ipsos. Conforme noticiado pelo blog de Sandra Cohen, do G1, o desempenho tem relação direta com a maneira como a campanha de vacinação no Brasil foi realizada.

Em uma lista liderada pelo presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) aparece em penúltimo lugar, na companhia de seu desafeto Nicolás Maduro, da Venezuela. Enquanto Lacalle Pou tem 20% de desaprovação, Bolsonaro é reprovado por 85% dos entrevistados, seguido pelo venezuelano, rejeitado por 90%.

O relatório também indica que o desempenho do governo brasileiro na crise sanitária recebeu desaprovação de 97% dos entrevistados. Na sequência, os maiores índices negativos foram o da Venezuela, com 75% de desaprovação; e Peru, com 65%.

O Uruguai está prestes a se livrar da ameaça da covid-19, com mais de 60% de vacinados com as duas doses. Até setembro, o governo espera que o país alcance a imunidade de rebanho pela imunização de toda a população.

Chile é o melhor na gestão da pandemia

País com melhor cobertura vacinal na região, o Chile também é considerado o que melhor administrou a crise sanitária, com 88% de aprovação entre os formadores de opinião entrevistados pelo Ipsos. Mas seu presidente, Sebastián Piñera, que amargou a impopularidade neste ano e meio de pandemia, aparece em segundo lugar, atrás de Lacalle Pou.

A avaliação em relação ao Brasil é a pior possível e reflete o caos sanitário em que o país se envolveu, com colapso de hospitais, falta de oxigênio, atrasos na vacinação e o fechamento das fronteiras aos brasileiros.

Ipsos

Baixa taxa de vacinados mantém Brasil isolado

A taxa de imunizados, atualmente em 17,8%, ainda mantém o Brasil isolado e em situação de risco. Sua realidade se estreitou à da Venezuela, que até agora vacinou apenas 3,8% da população e, por ordem de Maduro, enfrenta novo bloqueio para frear a variante delta. Na percepção dos ouvidos pela pesquisa do Ipsos, no último ano e meio, o Brasil chegou bem perto da Venezuela.

Em 2019, Bolsonaro foi apontado como o terceiro líder mais mal avaliado da América Latina, à frente apenas dos dirigentes de Cuba e Venezuela, segundo pesquisa feita pelo Ipsos.

Fonte: Socialismo Criativo