O protagonismo de cada um na pandemia

28/04/2021 (Atualizado em 28/04/2021 | 09:52)

Foto: Divulgação
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Por Franciane Bayer

No dia 10 de março de 2020 foi registrado no Estado o primeiro caso de infecção pelo coronavírus. O cenário era de incertezas, mas ainda parecia distante da nossa realidade. Até que, uma semana depois, veio a suspensão das atividades presenciais. O que parecia irreal virou uma dura realidade. Não se sabiam muitas coisas sobre o novo vírus, e o medo, como acontece em muitas situações, virou um grande aliado. Ruas vazias, cuidados em nível máximo. Procedimentos que não precisavam ser exigidos ou orientados por governos ou órgãos sanitários. Estávamos diante de algo desconhecido e ninguém queria arriscar. O medo de perder alguém próximo ou de ser contaminado pelo vírus era o principal norteador das nossas atitudes.


O tempo foi passando e a quantidade de vidas perdidas aumentando em uma escala até esperada diante das notícias que vinham de todas as partes do mundo. Além das mortes, vieram o desemprego, a fome, o aumento da crise econômica, o colapso da saúde afetando a todos que dependem dela e não só os pacientes da covid-19. Nessas horas, quando tudo corre na direção inversa do esperado, muitos buscam culpados. Críticas aos governos e aos políticos não faltam. Há os que acham que tudo deva ser liberado e os que defendem o lockdown. Mas qual a minha e a sua responsabilidade nisso tudo? O que mudou para que o medo de sair às ruas fosse substituído pelo sentimento de que nada me atinge e tenho o direito de lotar parques e locais públicos sem máscara?


A vida precisa seguir, mas para isso precisamos parar de apontar o dedo para o outro e assumir a nossa parcela de culpa no cenário atual. No feriado de Tiradentes, milhares de pessoas lotaram os parques e a orla da Capital, desrespeitando a bandeira preta. Centenas sequer usavam máscara, isso sem falar na aglomeração. Se queremos que a vida volte ao mais próximo possível do normal, precisamos encarar o controle da pandemia como responsabilidade nossa, evitando aglomeração, usando máscara sempre que sair às ruas, higienizando as mãos. Caso contrário, infelizmente, teremos que encarar a nossa parcela de culpa pelas vidas que se vão. Para o fim da pandemia, todos precisam assumir o protagonismo desta luta.

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