Presidente do Cetran-RS defende educação para o trânsito em atividade da Famurs

17/02/2017 (Atualizado em 17/02/2017 | 14:50)

Luiz Noé (PSB) é o presidente do Cetran-RS
Luiz Noé (PSB) é o presidente do Cetran-RS

Trabalhar a educação para o trânsito e investir em obras de infraestrutura que aperfeiçoem a mobilidade urbana são desafios para os prefeitos eleitos para a gestão 2017-2020. Foi o que defendeu o presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-RS), Luiz Noé Soares (PSB), durante seminário promovido pela Famurs para abordar os desafios dos novos gestores municipais. A atividade ocorreu nos dias 15 e 16 de fevereiro, em Porto Alegre. “Os municípios precisam formar pessoas para entender as regras de trânsito e ter o conhecimento mínimo sobre o veiculo. Outro desafio é a educação para o trânsito: é uma pauta pouco trabalhada em nossas escolas e deve ser iniciada nos primeiro anos de vida da criança”, disse.

Eu sua fala, Nóe também recordou a introdução dos automóveis no país, na gestão do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, bem como a implementação de fábricas de veículos em todo o país, o que marca o início da cultura individual de transporte. “É fundamental a construção de uma malha viária que suporte a quantidade de veículos nas rodovias. Infelizmente no Brasil o automóvel chegou antes das estradas e os novos gestores tem o desafio de, mesmo no século 21, construir ruas e estradas que comportem os veículos”, indicou. O presidente do Cetran-RS apresentou, ainda, dados sobre o aumento da frota de veículos, o que ilustra a necessidade de investimentos na mobilidade urbana para garantir a fluidez do trânsito. “Há dez anos um a cada 10 habitantes possuía um automóvel, hoje quatro a cada dez habitantes possuem veículos. Portanto, o modelo de transporte individualizado está chegando ao seu limite, pelo custo ou pela estrutura de nossas vias”, refletiu.

Ele defendeu também que os prefeitos participem de um força-tarefa com os órgãos e entidades responsáveis pela defesa e promoção do trânsito seguro para combater a impunidade no trânsito. “A impunidade ‘motiva’ um grande número de motoristas alcoolizados e outros crimes de trânsito”, completou, citando, ainda, o expressivo número de recursos de trânsito recebidos pelo Cetran-RS. “Somente em 2016 ingressaram 36 mil processos de recursos contra autos de infrações de trânsito”, informou. 

Sobre o futuro, Noé defendeu que trânsito nos próximos dez ou quinze anos tenha o transporte coletivo como carro-chefe. “Antigamente dirigir um carro representava sensação de liberdade, de poder, mas na atualidade, pelo congestionamento, custo e violência, dirigir um automóvel não tem o mesmo sentido. Por esse motivo a valorização do transporte coletivo é fundamental”, reafirmou. “Nossos prefeitos tem a responsabilidade de pensar no futuro e descobrir novos caminhos e alternativas”, finalizou Luiz Noé.

 

Foto: Famurs - divulgação

Informações do Cetran-RS

Fonte: Saul Teixeira - Ascom PSB/RS